Por Fernando Brito
O que faz um grupo jogar panfletos dizendo que “petista bom
é petista morto” no velório de um homem que nenhum mal lhes fez?
O que faz um homem com idade suficiente para não ser um guri
babaca e uma senhora já com idade de dar educação aos netos se portarem sem o
mínimo de respeito a uma cerimônia fúnebre?
São perguntas deprimentes, mas nenhuma delas pior do que a
que vem a seguir.
Quem fez com que eles perdessem a vergonha de se portarem
assim?
A essa pergunta, a resposta é clara: a mídia brasileira.
Qualquer canalha sabe que hoje será notícia ao produzir
macabras papagaiadas como estas.
Os jornais, que perderam, mais que eles, toda a vergonha de
descer abaixo da lama quando se trata de atacar Lula e o governo.
Chamam de “manifestantes”
dois ou três profanadores senis que se deslocam a um velório,
deliberadamente, para fazer o que sabem que será “notícia”, embora seja apenas
uma demonstração da estupidez desumana.
Gente – se merece nome assim – sempre existiu, mas a
ferocidade e a falta de escrúpulos com que se portam deve-se única e exclusivamente aos nossos meios de
comunicação, que agem igual ou pior do que os desmiolados, porque acham que
realmente “vale tudo” para atacar.
Qualquer aspirante a mentecapto vira objeto útil para seus
propósitos políticos.
E da “descivilização”.
Que produziu uma impensável
ressurreição pública do nazismo no Brasil. Quem ainda não viu, logo verá.
Estou velho e triste em ver, em meus país, estes pequenos
seres rastejantes serem “notícia”.
E, mesmo sendo um
homem de paz, triste também que os
“modos civilizados” e o “politicamente correto” os impeçam de levar o bofetão
que em outros tempos mereceriam, melhor ainda se de uma mulher, da idade deles,
para que não posassem de vítimas e carregassem
no rosto o vermelho da vergonha.
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