Foi o que fiz neste domingo, em lugar de ficar repetindo a
observação do que já está mais que visto: a
direita brasileira desavergonhou-se
e assumiu uma forte expressão de rua que, desde que vieram os “antipolíticos” e
“antipartido” de junho de 2013, alimenta os interesses conservadores.
Ela existe, sempre existiu e
continuará existindo. A diferença está no seu estado de excitação e
mobilização e não é na crise econômica que ela encontra suas raízes, embora
seja dela que extraia sua recente desinibição, certo que em escala menor do que
a do “todo mundo está roubando” que é a tônica do hipócrita coral formado por
instituições que se tornaram desgovernadas e entregues à politicagem.
A mídia, o Judiciário, o Ministério Público, a Câmara dos
Deputados, o candidato derrotado nas urnas, todos se uniram para algo que,
francamente, em tudo lembra um tribunal de exceção, onde o importante, não
importa se com ou sem razões, o que importa é instaurar um processo de
eliminação, a qualquer preço, de qualquer pretensão de que o país seja conduzido,
como determinou o eleitor, por uma aliança de centro-esquerda, de tonas
nacionalistas, populares e desenvolvimentistas...
...As senhoras da foto, com o revelador cartas perguntando “por
que não mataram todos em 64?”, não são uma ameaça, são umas pobres-coitadas,
que cruzaram a existência sem aprender a respeitar os seres humanos.
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