sexta-feira, 7 de agosto de 2015

HELENA DO BODE NO DIA DA CIDADE

Feira ontem, 1978

"... Helena do Bode, como é conhecida popularmente esta imensa preta de gorduras que se derramam pelo pescoço, num gigantesco colo e não menos enormes ancas, é simplesmente Maria Helena de Andrade, 44 anos, 105 quilos (mas deve ter muito mais porque há muito não enfrenta a realidade diante de uma balança), é baiana nascida e criada no Rio Vermelho, precisamente na Rua da Lama, na Vasco da Gama, em Salvador
"... Seus olhos negros graúdos, parecem saltar-lhe das órbitas, mas um olhar triste vago, dão a esta folclórica e popular figura um tom enigmático. Dela se diz muitas histórias.
Por que Helena do Bode? Segundo contam, quando Helena se estabeleceu em Feira criava uma bode preto que era o símbolo do êxito de suas rezas, seus trabalhos. Mas dizia-se que o bode só a ajudava para o mal. Se alguém queria se livrar de alguém que andava atrapalhando a sua vida, Helena fazia um trabalho qualquer e pronto. Mas com o  tempo o bode foi ficando velho e acabou morrendo. Com ele foi-se esvaindo a fama da temida Helena do Bode. Ficou apenas o nome"
(Abertura da entrevista na edição especial de A Tarde de 1978, alusiva ao Dia da Emancipação Política de Feira de Santana)

Nenhum comentário:

Postar um comentário