Luis Nassif
São visíveis os sinais de
descontrole de Eduardo Cunha, por enquanto presidente da Câmara Federal.
Não se avalie apenas pelo olhar
alucinado, que não consegue se fixar em nenhum ponto, pela fala descontrolada,
pelos tiros que dispara a esmo, contra qualquer alvo que o descontente. Ele
está clara e ostensivamente desequilibrado.
Fosse um piloto de avião, seria
interditado. Se policial, tirariam suas armas até se submeter a um teste
psicotécnico. Estivesse internado, seria confinado em uma área reservada a
pacientes de alto risco.
Esse descontrole não recomenda que
seja mantido à frente da Câmara, principalmente depois que for denunciado pelo
Procurador Geral da República.
No cargo, ele pode armar
barganhas, inclusive atropelando o regimento, como se observou no caso da
votação da Lei da Maioridade Penal. Além disso,
possui poder de retaliação e já demonstrou pretender utilizar as
instituições públicas para livrar-se da denúncia.
Testemunhas apontam-no como um
sujeito perigoso – daí a importância de ser apeado do cargo, inclusive para que
a Polícia Federal possa monitorá-lo, impedindo
ações de retaliação contra testemunhas.
Não se trata de um parlamentar
comum, mas de uma ameaça pública – e ameaça individual aos seus adversários.
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