Por Fernando Brito
A temporada dos carniceiros do Brasil está no auge.
Apenas cinco anos depois da sua instituição, por uma
iniciativa de José Chevron Serra, pretende-se acabar com a garantia de que, no
mínimo, 30% do petróleo do pré-sal será concedido à Petrobras, que é a
operadora única destas jazidas, a partir da nova lei.
O pretexto, tão bonzinho, é aliviar a Petrobras de altos
investimentos na exploração do pré-sal, que é dinheiro garantido e muito e que
não tem uma petroleira do mundo que não desejasse ter.
O PMDB sentiu rápido a oportunidade e articula um
entreguismo que dê menos na cara que o de Serra.
Criou uma nova versão do crime de lesa-pátria, que Renan
Calheiros pretende colocar em votação até o final do mês, para aproveitar-se da
fraqueza parlamentar do Governo.
Diz que a Petrobras terá o direito aos 30%, mas pode “abrir
mão” dele.
Ou seja, um governo servil poderá fazer a empresa dizer “não
quero não, muito obrigado” quando se for outorgar a exploração de bilhões de
barris de petróleo.
Imaginem a Shell ou a Exxon lá no Iraque dizendo “quero não,
moço” aos poços de petróleo.
Os rapinantes daqui agem rápido e sem pudor. Sabem que agora
é a hora, porque é impensável que este país possa continuar a ter sua pauta
política comandada pela sem-vergonhice.
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