Geisel
Em 1976, tempo de eleição, numa sexta-feira, 14 de maio, há exatos 39
anos, o presidente general Ernesto Geisel veio a Feira. Aqui inaugurou a Cia de
Pneus Tropical e em seguida foi à Praça João Pedreira prometer a duplicação da
Feira – Salvador e pedir voto para Ângelo Mário, o candidato a prefeito da
Arena.
Prefeito da cidade, José Falcão,
do MDB, subiu no palanque da Pneus Tropical armado no interior da unidade, mas
não teve acesso ao palanque da praça. A Arena não deixou, apenas mandou o coronel
João Longuinhos, comandante do 1ºBPM/FS,
informar ao prefeito que os feirantes não poderiam armar na sexta, como
era normal, suas barracas para feira-livre
de sábado.
Foi um dia diferente. A rede
estadual de ensino não funcionou, os órgãos estaduais existentes na cidade
idem, a Associação Comercial, Centro das Indústrias e o então CDL publicaram
nota oficial no “Feira Hoje” sugerindo que
o comércio e a indústria não funcionassem e convidando todos para a concentração.
A presença do quarto presidente do
golpe de 64 testemunhou que na política não
existem “inimigos eternos”. ACM abraçou o governador Roberto Santos e faz as
pazes com a Família Falcão. A vontade de retomar a Prefeitura que estava com o
MDB, motivou a união de todos assim como o discurso do general na praça, logo
após a solenidade na Pneus Tropical.
Mas não funcionou. Abertas as
urnas de novembro, Colbert Martins, do MDB, ganhou no centro, nos bairros e na
zona rural...
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