As desavenças de Marta com o PT,
são pragmáticas, e não programáticas. É briga por espaço político e pela
disputa à prefeitura de São Paulo em 2016.
Por Antonio Lassance
O PT de São Paulo, por meio de
uma decisão unânime da Executiva Estadual, vai pedir que Marta Tereza Suplicy
seja destituída do cargo de senadora. Marta havia formalizado o pedido de
desfiliação do PT em uma carta entregue no final de abril.
O que acontece quando alguém,
eleito por um partido, desfilia-se e, depois, troca de legenda? De quem é o
mandato?
O mandato é do partido e do
candidato. Em uma eleição, ambos estão unidos como num casamento. Quando alguém
decide se separar, ou isso é feito de forma amigável ou é a Justiça Eleitoral
quem resolve o litígio.
Marta Suplicy, embora entenda bem
de casamento e separação, acha que o mandato é dela e ninguém tasca. As pessoas
votaram nela por causa de seus belos olhos azuis, ora bolas!
Se Marta não estivesse filiada ao
PT naquelas eleições de 2010, será que realmente teria sido eleita? Por que
partido? Em que coligação? Com que estrutura de campanha e tempo de rádio e
televisão? Com que apoios contaria? Teria ela conseguido mais votos que Netinho
de Paula, do PC do B, que ficou em terceiro lugar, muito próximo de ultrapassá-la?
Difícil saber. Marta finge ter certeza.
A decisão agora cabe à Justiça, e
a regra é clara, dada por duas resoluções do Tribunal Superior Eleitoral: a
Resolução-TSE nº 22.610, de 25/10/2007; e a Resolução-TSE nº 22.733, de
11/3/2008.
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