segunda-feira, 11 de maio de 2015

A REALIDADE BRASILEIRA, ENTRE O HOSPÍCIO E O CIRCO

Por Luis Nassif

 A política brasileira da razão não tem resquício: se cobrir vira circo, se cercar, vira hospício.

O pastor José Serra, que ameaçava os ímpios com o fogo do inferno e entrava na casa dos crentes lendo a Bíblia, de repente veste a roupa do intelectual que deixou de ser e despeja entrevistas ponderadas ambicionando tornar-se a voz da razão.

Aécio Neves que fez fama como conciliador, torna-se um Zeca Diabo da zona sul, atirando em qualquer movimento do governo: respirou, leva tiro.
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Serra foi um governador medíocre, mas tem bom faro para perceber os ventos a opinião pública midiática. Ao lado de FHC deu gás para os rebeldes das redes, mas percebeu a tempo o ridículo de ficar a reboque de Revoltados Online e de Lobão.

Por alguma razão, FHC esquecer de avisar Aécio que prosseguiu como aqueles boxeadores que lutam de cabeça baixa distribuindo murros ao vento.
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Musa inconteste do desenvolvimentismo, Dilma Rousseff torna-se uma crente de carteirinha do monetarismo mais radical e promete que, se houver fé, no final do arco íris do ajuste fiscal haverá o pote de ouro.

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