O Capital está passando um rolo compressor em cima do
Trabalho com o projeto de terceirização – que, na verdade, deveria chamar-se
projeto de precarização (do trabalho). Desde a ditadura militar que não há um
massacre trabalhista como esse.
Qualquer trabalhador mais instruído – e quando se alude ao
trabalhador não se está falando do “peão”, mas de qualquer trabalhador,
inclusive os dos níveis hierárquicos mais altos – sabe que com esse liberou
geral para as empresas terceirizarem os salários e os benefícios trabalhistas,
seus direitos vão despencar.
Em alguns casos, irão sumir. PMDB, PSDB e seus penduricalhos
acabam de pôr no lixo a CLT, com o liberou geral da terceirização.
Na prática, com a permissão – ou permissividade – para que
as atividades-fim das empresas possam empregar terceirizados, os funcionários
mais bem remunerados perderão garantias trabalhistas e benefícios.
Para quem não entende o que está acontecendo, atividade-fim
é aquela que atende à razão de ser da empresa. Se aquela empresa faz programas
para computadores, agora os programadores poderão ser “terceirizados”.
Na prática, esse profissional poderá ser demitido e
recontratado como funcionário de uma empresa “laranja”, que pagará salário
muito menor e fornecerá mão-de-obra para a empresa que antes o empregava.
Antes, só pessoal das atividades-meio (faxineiros ou
seguranças, por exemplo) podia ser “terceirizado”. Agora, são todos. Inclusive
os “de cima”.
O Capital está fazendo a festa. Os altos salários de hoje,
que os trabalhadores conquistaram ao longo dos últimos 12 anos, vão virar pó.
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