quinta-feira, 9 de abril de 2015

PRESIDENTA, VÁ À TV E DENUNCIE A TERCEIRIZAÇÃO. E DEPOIS VETE

Por Eduardo Guimarães
                                 
O Capital está passando um rolo compressor em cima do Trabalho com o projeto de terceirização – que, na verdade, deveria chamar-se projeto de precarização (do trabalho). Desde a ditadura militar que não há um massacre trabalhista como esse.
Qualquer trabalhador mais instruído – e quando se alude ao trabalhador não se está falando do “peão”, mas de qualquer trabalhador, inclusive os dos níveis hierárquicos mais altos – sabe que com esse liberou geral para as empresas terceirizarem os salários e os benefícios trabalhistas, seus direitos vão despencar.
Em alguns casos, irão sumir. PMDB, PSDB e seus penduricalhos acabam de pôr no lixo a CLT, com o liberou geral da terceirização.
Na prática, com a permissão – ou permissividade – para que as atividades-fim das empresas possam empregar terceirizados, os funcionários mais bem remunerados perderão garantias trabalhistas e benefícios.
Para quem não entende o que está acontecendo, atividade-fim é aquela que atende à razão de ser da empresa. Se aquela empresa faz programas para computadores, agora os programadores poderão ser “terceirizados”.
Na prática, esse profissional poderá ser demitido e recontratado como funcionário de uma empresa “laranja”, que pagará salário muito menor e fornecerá mão-de-obra para a empresa que antes o empregava.
Antes, só pessoal das atividades-meio (faxineiros ou seguranças, por exemplo) podia ser “terceirizado”. Agora, são todos. Inclusive os “de cima”.
O Capital está fazendo a festa. Os altos salários de hoje, que os trabalhadores conquistaram ao longo dos últimos 12 anos, vão virar pó.

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