Por Fernando Brito
Por mais que a nossa
muito profunda imprensa esteja aí se divertindo com a tunga velha dos
Andrés Vargas e Argolos, o fato do dia na investigação da Operação Lava Jato,
agora, é a “revisão da delação premiada” de Paulo Roberto Costa.
A esta altura, as bancas dos advogados das empreiteiras
devem estar trabalhando para apresentarem petições pedindo a soltura de seus
clientes e não duvide se outras delações
venham a ser desfeitas, a pedido dos delatores. Agora, segundo Paulo Roberto,
passaram de cartel e fraudadores de preços a simples “achacados”.
Afora os que babam, furiosos, salivando já o devorar do
Governo, as pessoas de bom-senso estão agora diante da pergunta óbvia: se não
gouve, como diz agora o ladrão Costa,
sobrepreço, mas apenas desvio dos lucros legítimos das empresas para o
pagamento de propina, onde estaria o “rombo da Petrobras”?
À medida em que as reações jurídicas começarem, mesmo diante
de tribunais superiores metidos sob a pressão da mídia, o assunto vai ganhar
destaque.
Mesmo antes, o assunto já espante os comentaristas menos
dispostos aos linchamentos, como é o caso de Kennedy Alencar que, em seu blog,
publica artigo correto e perplexo com o quadro novo que está criado.
Vale a pena ler até o final, até pela “enquadrada” que ele
dá no procurador Carlos Fernando de Lima, o “estrategista do Ministério
Público”, como Kennedy diz ser.
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