por Luciano Martins Costa,
Os jornais fazem um retrato tenebroso da situação em que se
encontra a Petrobras, um mês depois de revelada a extensão das negociatas que
envolveram políticos, dirigentes da estatal e grandes empreiteiras que fazem
parte de sua constelação de negócios. Os números são tão grandiosos que o
leitor é incapaz de imaginar o volume de dinheiro desviado em negócios
superfaturados.
O resultado é que, quanto mais atenção coloca no noticiário,
menos capaz fica o cidadão de abranger todo o contexto. Na terça-feira (16/12),
porém, surge uma ponta da meada que permite entender a lógica da imprensa: com
seu valor reduzido seguidamente por conta do escândalo, sob ameaça de ações
judiciais nos Estados Unidos e no Brasil, e ainda sob risco de ver seus
principais fornecedores serem condenados e proscritos, analistas começam a
afirmar que a estatal estaria impossibilitada de seguir explorando a reserva de
pré-sal (ver aqui e aqui).
Como se sabe, os 149 mil km2 da província do pré-sal
apresentam uma taxa de produtividade muito acima da média mundial e já são a
fonte de quase 30% de todo o óleo extraído pela empresa. Feita a projeção de
crescimento dos atuais 550 mil barris por dia em 25 poços produtores, daqui a
três anos, com quase 40 poços ativos, o pré-sal deverá suprir 52% da oferta de
petróleo no Brasil. MAIS
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