sábado, 8 de novembro de 2014

FEIRA DO SEMIÁRIDO REÚNE MAIS DE 600 PESSOAS NO CAMPUS DA UEFS

Terminou nesta sexta-feira (7), a 9ª Feira do Semiárido, evento que reuniu mais de 600 pessoas de diversos municípios baianos e de outros estados no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Mais uma vez, a participação, os debates, a diversidade de produtos e de apresentações culturais foram os pontos positivos, conforme afirmou a coordenadora do evento, a professora Sandra Nívea Soares de Oliveira.

Tendo como objetivo central a apresentação e discussão de alternativas para melhorar a qualidade de vida da população de uma das regiões mais castigadas pela seca, a Feira do Semiárido também debateu temas que interessam a outras comunidades. Exemplo disso foi a roda de prosa “Agrotóxico: O veneno que nós comemos”, realizada na tarde de quinta-feira (6), com a participação do engenheiro ambiental Derlan Queiroz e do professor do curso de Engenharia de Alimentos da Uefs, Pablo Fica Piras.
 No debate, foram expostas situações como o impacto crônico dos agrotóxicos na saúde da população. Eles citaram que experiências dão indícios de que, em ratos, a substância etileno-bis-ditiocarbamato de zinco e manganês, um defensivo agrícola bastante utilizado, provoca aumento na incidência de tumores malignos mamários. “Os trabalhadores rurais e suas famílias, empregados nos latifúndios ou vizinhos dos fazendeiros que aspergem os produtos, estão sujeitos aos impactos mais agudos”, alertou Pablo Fica Piras.
Durante os quatro dias do evento, expositores estiveram presentes levando ao público produtos de vários cantos da Bahia. O produtor rural Thilson Prates, que é de Itabuna, expôs produtos derivados do cacau, como tabletes e licor de chocolate. “Esta é a primeira vez que participamos da Feira do Semiárido. O evento é muito bom e, com certeza, estaremos aqui nas próximas edições”, garantiu.
Também marcaram presença os índios da tribo Kiriri, da região de Ribeira do Pombal. Vestidos a caráter, o grupo chamou a atenção dos visitantes e fez bons negócios na Feira do Semiárido. “Nossos produtos foram bem aceitos pelas pessoas, vendemos bem”, comemorou a índia Maycu.
O evento, executado pela Pró-reitoria de Extensão da Uefs,  contribui para a autonomia política, cultural e econômica frente aos desafios socioambientais, socioculturais, além de apontar possibilidades de emancipação para o desenvolvimento do semiárido.
Ascom/Uefs

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