A entrevista de Rodrigo Janot tem um trecho importantíssimo; segundo ele, o advogado Antonio Figueiredo Basto, que defende o doleiro Alberto Youssef, operava para o PSDB paranaense e tentou interferir no processo eleitoral, com vazamentos seletivos; "O advogado do Alberto Youssef operava para o PSDB do Paraná, foi indicado pelo Beto Richa para a coisa de saneamento, tinha vinculação com partido", disse Janot; "O advogado começou a vazar coisa seletivamente. Eu alertei que isso deveria parar, porque a cláusula contratual diz que nem o Youssef nem o advogado podem falar. Se isso seguisse, eu não teria compromisso de homologar a delação"
17 DE NOVEMBRO DE 2014
247 - A entrevista de Rodrigo Janot, procurador-geral da
República, ao jornalista Severino Mota (leia aqui), tem um trecho
importantíssimo. Segundo ele, houve uma tentativa indevida de interferência na
sucessão presidencial deste ano, por parte do advogado Antonio Figueiredo
Basto, que defende o doleiro Alberto Youssef e foi indicado pelo governador
tucano Beto Richa para o conselho da Sanepar, a empresa paranaense de
saneamento.
"Estava visível que queriam interferir no processo
eleitoral", disse Janot. "O advogado do Alberto Youssef operava para
o PSDB do Paraná, foi indicado pelo Beto Richa para a coisa de saneamento,
tinha vinculação com partido."
O resultado dessa vinculação foi a profusão de vazamentos
seletivos, que visavam atingir a campanha presidencial de Dilma Rousseff.
"O advogado começou a vazar coisa seletivamente. Eu alertei que isso
deveria parar, porque a cláusula contratual diz que nem o Youssef nem o
advogado podem falar", disse Janot. "Se isso seguisse, eu não teria
compromisso de homologar a delação."
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