Por
Fernando Brito
Liga-me
uma amiga, moradora de Botafogo, Zona Sul (não a mais chique, claro) do Rio:
–
Brito, quando acabou o debate, nos prédios em volta do meu e no meu, as pessoas
foram pra janela gritar Dilma, Dilma!
E
eu aqui, meio sonolento, com um debate armado de forma amarrada, chata,
travada,comecei a pensar: é, foi um a
zero ou zro a zero, mas foi a decisão
Ela
não podia ter ganho mais do que continuar ganhando, sem perder nada ali.
E o
fato é este, Dilma ganhou porque não perdeu nada.
A
começar porque Aécio entregou a Dilma a
primeira bola da partida, citando a revista Veja.
Dilma
deitou e rolou.
E
foi assim no primeiro bloco.
Um
outro amigo teve dados de um tracking feito sobre o debate, onde não houve mudança
Para
o eleitor não-engajado em campanha era um “político” contra uma mulher que é
“não-política”.
Adivinha
o que o eleitor prefere?
Não
houve bala de prata, nem bala de chumbo, nem bala de borracha.
Aquilo
que disse mais cedo, que importava menos o debate do que o clima que o
sucederia foi respondido pelas janelas de Botafogo.
A
campanha de Dilma, para cima.
A
de Aécio, para baixo.
A
vitória dela será semelhante à de 2010.
Se
a eleição fosse segunda-feira, seria maior.
PS.
Talvez tenha havido um “gol” que eu não sei mensurar daqui do Rio, na menção da
Sabesp. As gravações com o encobrimento da crise viraram assunto em São Paulo e
podem corroer mais ainda a situação de Aécio, apesar da cara de pau de Alckmin
de que se tem de apurar de quem foi a “ordem superior” para o “abafa”…Tem gente
que não tem espelho em casa…
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