sexta-feira, 15 de agosto de 2014

MORTE DE CAMPOS TRAZ CAOS ÀS ANÁLISES

Por Miguel do Rosário
Blog do Cafezinho
 “Nada será fácil: as escadas
não serão o fim da viagem:

mas darão o duro direito
de, subindo-as, permanecermos.”

O poema de Alberto da Cunha Melo, um dos grandes nomes da literatura pernambucana, encaixa-se bem na atual conjuntura.
A trajetória de Campos não se encerraria com as eleições deste ano. Mesmo não ganhando, ele ganharia recall eleitoral e, portanto, subindo, ali permaneceria, pronto para ser candidato em outra oportunidade. Mas nada seria fácil. Ele poderia sair menor do que entrou.
No mesmo poema, Melo diz que “o céu parece revestido / de uma camada de cimento: /deixo as marquises porque sei / que esta chuva não passará.”
O que me faz voltar ao presente, porque o jatinho de Campos parece ter se espatifado contra um céu de concreto, o que é também uma metáfora das durezas da vida e da política. Agora, em meio às novas turbulências que se anunciam, não adianta se esconder sob marquises.
A chuva não passará.


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