sexta-feira, 8 de agosto de 2014

MERCADO FINANCEIRO, ESPECULAÇÃO E PROCESSO ELEITORAL

Artigo do Brasil Debate
Por Gulherme Santos Mello*

Não é exatamente novidade que os agentes que atuam nos mercados financeiros possuem grande interesse nos destinos políticos dos países em que investem. A eleição de um governo que atenda ou contrarie seus interesses mais imediatos, em geral ligados à liberalização de suas atividades e ao aumento dos rendimentos financeiros, certamente joga um papel importante em suas estratégias de alocação de portfólios, assim como nas estratégias que estas instituições recomendam a seus clientes endinheirados. A história do Brasil está recheada de casos em que agentes financeiros aproveitaram os momentos eleitorais para apoiar explicitamente algum candidato, gerando profunda instabilidade nos mercados e auferindo ganhos financeiros das ondas especulativas criadas por suas próprias análises e declarações. Caso mais famoso é o da eleição de 2002, quando se criou o que ficou conhecido como “Lulometro” para prever a futura cotação do dólar caso Lula fosse eleito.

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