Por Wilson Ferreira
...Com o circo midiático 24 horas em volta da Granja Comary,
a concentração acabou se tornando um gigantesco estúdio a céu aberto com
personagens que respondiam prontamente às câmeras e jornalistas: jogadores
cantando o hino segurando a camisa de Neymar Jr., o apresentador global Luciano
Huck interrompendo treinamento para realizar um sonho de um deficiente físico e
fazer jogadores chorarem entre outros episódios.
Chegou-se ao momento paradoxal que a mídia pautou acontecimentos
que ela própria criou: questionou-se um suposto desequilíbrio emocional de um
time que chora antes de decisões, como se tudo isso já não fosse um “efeito
Heisenberg” em que os próprios jogadores entraram de cabeça – como da mesma
forma falavam de uma “Copa surpreendente” depois deles próprios terem
“previsto” que o evento seria um caos.
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