Aécio com o casal Dória
Por Paulo Nogueira
Não poderia ser mais revelador o jantar oferecido pelo
relações públicas João Dória a Aécio em sua casa em São Paulo.
(Aqui, você tem o vídeo da fala de Aécio.)
Foi um jantar do 1%, pelo 1% e para o 1%. Para a sentença se
completar, só falta Aécio obter 1% dos votos em outubro.
No caminho para isso ele está.
O que chama a atenção é a desconexão entre o mundo reunido
em torno de Aécio por Dória, um ex-Cansei, e a realidade ululante das ruas.
Gosto da palavra alemã zeitgeist (zaitegáiste), que
significa o espírito do tempo. O jantar era o oposto disso. O antizeitgeist.
Não surpreende que o melhor relato do encontro esteja numa
coluna social, a de Mônica Bergamo, da Folha.
Aécio prometeu a um dos empresários participantes não
aumentar os impostos. (Para o 1%, naturalmente.)
Há um consenso universal de que um dos dramas do mundo
contemporâneo é a evasão de impostos do 1%. Mas Aécio se compromete a facilitar
ainda mais a vida fiscal da plutocracia nacional.
Ele também disse que está disposto a tomar “medidas
impopulares” desde a “primeira hora” caso se eleja.
O lado ruim é o fato em si. Sabemos bem o que querem dizer
“medidas impopulares”: a conta é dos 99%.
O lado bom é que isso não vai acontecer porque são zero as
chances de Aécio.
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