A mão boba de César
“Eliot, poeta americano, disse que o
homem não suporta doses maciças de realidade e Paulo Francis de modo mais
simples repetia que a alma precisa de feriados... Nada completa melhor nossa
necessidade de sonhar do que o cinema. Desde que Lumiere o criou e disse que
era uma invenção sem futuro, até que ela se transformasse na sétima arte, muita
película foi feita... No escurinho do cinema, de mãos dadas, roubamos muitos
primeiros beijos e amores mais...”.
Do primeiro parágrafo do artigo do
dublê de médico e cronista César Oliveira (foto), publicado em julho de 2000 chorando
a falta na cidade de cinemas ou mesmo uma sala para filmes de artes. Torcendo
para que o vazio não perdurasse ele encerrou a crônica quase que desesperado:
- Por favor, me convide para a inauguração. Já reservei a pipoca e a
mão boba...
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