domingo, 13 de abril de 2014

FEIRA ONTEM (III)


A mão boba de César  

“Eliot, poeta americano, disse que o homem não suporta doses maciças de realidade e Paulo Francis de modo mais simples repetia que a alma precisa de feriados... Nada completa melhor nossa necessidade de sonhar do que o cinema. Desde que Lumiere o criou e disse que era uma invenção sem futuro, até que ela se transformasse na sétima arte, muita película foi feita... No escurinho do cinema, de mãos dadas, roubamos muitos primeiros beijos e amores mais...”.
Do primeiro parágrafo do artigo do dublê de médico e cronista César Oliveira (foto), publicado em julho de 2000 chorando a falta na cidade de cinemas ou mesmo uma sala para filmes de artes. Torcendo para que o vazio não perdurasse ele encerrou a crônica quase que desesperado:
- Por favor, me convide para a inauguração. Já reservei a pipoca e a mão boba...



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