Em 1998 a popularidade do então presidente FHC caiu de 38 para 29 em dois meses
Em 1998 e em 2006, o quadro de opiniões em março/abril captado pelas pesquisas era parecido com o atual
Por Marcos Coimbra,
na revista
CartaCapital:
Boa parte do sistema político e a quase totalidade de nossas
elites têm uma relação equivocada com as pesquisas eleitorais. Já vimos o
fenômeno em eleições passadas e voltamos a vê-lo agora. Ora torturam os números
para eles dizerem o que não conseguem, ora preferem ignorar aquilo que mostram
com clareza. Só leem nos resultados o que lhes interessa. Esquecem-se dos
acontecimentos do passado e só recorrem a experiências anteriores para,
seletivamente, pinçar o que desejam.
Nas últimas duas semanas, tivemos abundantes exemplos dessa
mal resolvida relação. As mais recentes pesquisas do Ibope e do Datafolha nada
acrescentaram ao que se conhecia dos sentimentos da opinião pública a respeito
da situação nacional e do panorama da próxima eleição presidencial. Foram,
contudo, objeto de especulações antes da publicação e interpretadas como se
trouxessem reviravoltas notáveis.
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