Por Eduardo Guimarães
Em um momento em que o PSDB tenta criar a qualquer custo uma
CPI exclusiva para investigar a Petrobrás enquanto acusa o governo Dilma
Rousseff de pretender barrar a investigação e de violar o que chama de “direito
da minoria”, torna-se imperativo relembrar como o partido agiu em relação a
esse “direito” quando estava no poder.
Era maio de 2001. O Brasil estava às portas de mergulhar em
um severo racionamento de energia elétrica que duraria de 1º de julho daquele
ano até 27 de setembro do ano seguinte. O então presidente da República,
Fernando Henrique Cardoso, amargava sucessivas quedas de popularidade que o
fariam terminar seu mandato com apenas 35% de aprovação, sendo reprovado pela
grande maioria dos brasileiros.
Um dos principais motivos da impopularidade de FHC, à época,
era o alto nível de corrupção em seu governo. Os sucessivos escândalos foram
agravados pelas denúncias de que comprara votos de parlamentares para aprovarem
a emenda constitucional que lhe permitiu se candidatar à própria sucessão em
1998 – até então, presidente, prefeitos e governadores só podiam exercer um
único mandato.
Naquele ano, as denúncias contra o governo se acumularam a
tal ponto que até entre a base governista prosperou a criação da “CPI da
Corrupção”, que investigaria 16 pontos. Confira, abaixo, os fatos que embasavam
a abertura da investigação. CONTINUE LENDO
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