sexta-feira, 4 de abril de 2014

A ESTRANHA UNANIMIDADE

Luciano Martins Costa
Observatório da Imprensa


A leitura diária dos jornais pode produzir um efeito anestesiante sobre a percepção do valor simbólico dos fatos narrados. Na chamada imprensa genérica, detalhes sobre a profissão, idade, gênero ou status social de uma vítima de homicídio, por exemplo, podem alterar os sentimentos produzidos pela notícia: se o morto é um ajudante de pedreiro, ou se é um empresário, se é homem ou mulher, se é branco ou não, se é um jovem de classe média ou morador de favela, são inúmeros os signos que podem definir o efeito sobre o público típico dos jornais, e, portanto, o interesse da imprensa em explorar o acontecido. CONTINUE

Nenhum comentário:

Postar um comentário