Conta é apenas de 2008 a 2012, segundo reportagem de O Estado de S. Paulo, que apurou gastos médios com tratamentos médicos e odontológicos de senadores, ex-senadores e, claro, seus parentes; moralizador José Agripino Maia (DEM-RN), pastor Marcelo Crivella (PR-RJ), botocado Milton Cabral (sim, este ex-senador cobrou do Senado duas aplicações do rejuvenescedor) e até intocável Pedro Simon espetaram contas de seus tratamentos no plano de saúde do Senado; ali é mesmo o paraíso na terra, mas até quando?
9 DE MARÇO DE 2014 ÀS 19:31
247 – Sorria, você está no Senado. Aqui, o tratamento dos
dentes dos políticos, ex-políticos e, claro, seus parentes, são pagos pelo
dinheiro público. Se você estiver nesse grupo, sorria!
Mas se não estiver, faça as contas. De acordo com reportagem
divulgada neste domingo 9 pelo jornal o Estado de São Paulo, as contas de
planos odontológicos e de saúde dos senadores brasileiros custaram, em média,
R$ 6,1 milhões ao ano entre 2008 e 2012.
Primeiro a defender a moral e os bons costumes na tribuna do
Senado, em posição semelhante ao do tristemente famoso moralista Demóstenes
Torres, José Agripino Maia, presidente do DEM, espetou uma conta de R$ 51 mil,
em 2009, referentes à implantação de 22 coroas de porcelana aluminizada. Uma
opção estética, como destacou a reportagem do Estadão. Agripino justificou como
necessidade
- Ia jantar, e caía., disse ele.
Pré-candidato a governador do Rio de Janeiro, o pastor e
ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB-RJ), apresentou em 2010 notas que
somam R$ 42 mil. No ano anterior, ressaltou a matéria do jornal paulista, o
Senado ressarciu despesas de R$ 23 mil para uso de coroas de cerâmica e pinos
em ouro odontológico.
Intocável, até o senador Pedro Simon (PMDB-RS) aparece na
lista dos beneficiados pelo plano de saúde do Senado. Ele obteve ressarcimento
de R$ 62,7 mil em gastos com tratamento dentário em 2012.
Também procurou ficar alinhado com o dinheiro do público,
que alimenta os cofres do Senado na forma de pagamento de impostos, o
ex-senador Milton Cabral.
Beneficiário direto do fato de o plano de saúde do Senado
ser vitalício, e extensivo a parentes dos políticos, Cabral, que encerrou seu
último mandato em 1986, lançou, no ano passado, na contabilidade do Senado,
notas fiscais com gastos R$ 5,1 mil para pagamento de aplicações de botox em
nome dele e da mulher. É a chamada estratégia "se colar, colou",
usada porque, até aqui, o plano de saúde do Senado não é fiscalizado por
qualquer tipo de auditoria.
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