sábado, 22 de março de 2014

MICHAEL SCHUMACHER: O LONGO DESPERTAR DE UM COMA FARMACOLÓGICO

Suspender um coma induzido por medicamentos é um percurso delicado e incerto. Saiba aqui como ele acontece e por que o despertar do campeão do automobilismo Michael Schumacher será apenas o início de uma nova fase decisiva: a sua neuroreabilitação

Por: Equipe Oásis

A última notícia é recentíssima e animadora: “Existem em certos momentos alguns pequenos sinais encorajantes. Mas ficou sempre claro que esta luta será longa e difícil”, declarou a 12 de março Sabine Kehem, a manager de Michael Schumacher.

Há quase três meses – era o dia 29 de dezembro 2013 – Michael acha-se aprisionado num limbo. No dia 30 de janeiro deste ano o jornal desportivo francês L’Équipe tranquilizava os fãs do corredor: Schumacher está fora de perigo e bate as pálpebras. Uma semana depois, no entanto, circulava da Rede a notícia da sua morte. Era falsa e foi logo desmentida pelo hospital de Grenoble, na França, onde o campeão está internado.
O único dado certo é que ele ainda se encontra em estado de coma farmacológico, e que o processo do despertar desse coma é um processo longo e delicado. Como ele acontece?
“Cada caso é um caso, mas – em média – para a interrupção da sedação são necessárias várias semanas. Quando ela acontece, tem início uma nova fase, a da neuroreabilitação, que pode durar de seis meses a um ano”, explica Luigi Beretta, especialista italiano em neurocirurgia.
O coma farmacológico é um recurso médico “stand-by” necessário à proteção do cérebro do paciente. A opção de manter “adormecido” um paciente vítima de um acidente ou de um outro evento com possíveis repercussões no cérebro – um enfarte ou um choque grave, por exemplo – não é fácil de ser compreendida por quem não possui formação médica. Seu objetivo na verdade é muito simples: manter o cérebro numa condição de consumo energético quase nulo, na qual a necessidade de energia requerida pelas células é mínima, limitada a poucas funções elementares. Esse coma é obtido com a administração de fármacos hipnóticos e barbitúricos, unidos a anestésicos opiáceos, em dosagens que variam muito de caso a caso. São esses fármacos que protegem o cérebro enquanto os médicos avaliam os possíveis danos já ocorridos e formulam um plano para a recuperação. CONTINUE LENDO

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