Assumindo papel de vítima e em tom de indignação, ex-governador Eduardo Azeredo renuncia a mandato de deputado federal; "Uma tragédia desabou sobre mim e minha família", registrou em carta-renúncia; manobra é clara: escapar do julgamento no Supremo Tribunal Federal por desvio de dinheiro público; procurador-geral Rodrigo Janot pediu 22 anos de prisão para ele; relator do caso é o ministro Luís Roberto Barroso; aposta do tucano é a de que perda dos direitos de parlamentar irá tirar caso do foro privilegiado do STF; tramitação começaria pela primeira instância; manobra é polêmica; na AP 470, vários réus não tinham mandato, mas foram julgados diretamente em última instância, como o ex-deputado José Dirceu, do PT; "De cidadão (...), fui transformado em mero alvo político destinado a sofrer ataques para compensar delitos cometidos por outros"; íntegra
19 DE FEVEREIRO DE 2014 ÀS 12:04
247 – O ex-governador e deputado federal Eduardo Azeredo, do
PSDB, está desenvolvendo uma manobra política para se livrar de ser julgado
diretamente pelo Supremo Tribunal Federal. Ele renunciou ao mandato parlamentar
na tarde desta quarta-feira 19, em Brasília, com a clara intenção de ser
considerado um réu comum, sem os privilégios de um parlamentar. Isso levaria
seu caso para a primeira instância, alongando no tempo qualquer decisão
definitiva.
A carta de renúncia não foi encaminhada pelo parlamentar
tucano, mas por seu filho Ricardo, numa decisão que visa dar uma pitada de
sentimentalismo ao caso.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu pena
de 22 anos de prisão para Azeredo, pelos crimes de corrupção e prática de caixa
dois. O relator do caso é o ministro Luís Roberto Barroso.
- De cidadão, que deveria ter assegurado o sagrado direito
de defesa, fui transformado em mero alvo político destinado a sofrer ataques
para compensar delitos cometidos por outros, registrou Azeredo em texto enviado
ao Congresso.
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