Por Mino Carta
A praça que mais me impressionou, entre todas as que
conheço, do ponto de vista da participação, da intensidade do fervor de quem a
frequenta e ama a vida, foi a principal de Bolonha, espraiada entre o palácio
do rei Enzo e a catedral, com sua severa fachada enobrecida pelos altos-relevos
de Iacopo della Quercia, gênio dos começos de 1400.
Aqui me permito uma digressão. A respeito do uso impróprio
que se faz nas nossas plagas da palavra nobre. Horário nobre, espaço nobre etc.
etc. Ora, ora: nobre por quê? Porque encarece a publicidade da televisão no
caso do horário? Este esbanjamento é próprio de uma sociedade que não tem nobreza
alguma e desconhece o exato significado das palavras. Fecho o parênteses e vou
ao que me move, para afirmar, alto e bom som como o editorial de um jornalão:
shopping center não é espaço nobre. AQUI
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