quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

MAYSA, ÍCONE DA VIDA BOÊMIA

Maysa (Maysa Figueira Monjardim)
(São Paulo, 6 de junho de 1936 - Niterói, 22 de janeiro de 1977)

Por Tamára Baranov - Rio Claro/SP


Era sábado e Maysa resolveu almoçar com os pais. Levou consigo o seu passarinho de estimação e pediu que os pais cuidassem dele por uns dias. Depois do almoço, sentada ao lado do pai deu-lhe um beijo dizendo ‘Monja eu te amo’, repetiu o beijo e a frase para Inah, sua mãe. Os pais notaram o ar cansado de Maysa que passava noites em claro, resultado dos remédios para emagrecer. A insônia era a sua cruel companheira nos últimos tempos. Maysa trocara o efeito da bebida pelas vertigens e delírios dos medicamentos inibidores de apetite e dos eliminadores de líquidos. Monja recomendou à filha que não enfrentasse a estrada para Maricá naquele estado e que o melhor seria passar a noite ali. Maysa não deu ouvidos aos conselhos, e dirigiu sua Brasília passando pela ponte que liga o Rio a Niterói. E foi assim que às 17h50 do dia 22 de janeiro de 1977, Maysa tentou desviar de outro veículo e foi atingida por uma rajada de vento forte que a fez perder o controle do automóvel chocando-se contra a mureta e morrendo antes da chegada do resgate. Terminava ali uma vida marcada por amores, conflitos e crises transformados em letras de canções. Morria Maysa, ícone da vida boêmia, musa e poetisa.

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