quinta-feira, 14 de novembro de 2013

GETÚLIO, JANGO E OS DIAS QUE CORREM

Contra Vargas, o mar de lama. Contra Jango, o ouro de Moscou. Nos dias que correm, o mensalão, a companheirada, a gastança, o abismo fiscal.

 por: Saul Leblon

 A derrubada violenta de Jango em 1964 foi antecedida, a exemplo do que se fez com Vargas, dez anos antes, de uma campanha midiática encharcada de ódio e acusações de corrupção contra o seu governo e a sua pessoa.

A popularidade de Vargas revestiu o desenvolvimento brasileiro com travas de soberania  e direitos sociais inaceitáveis pelo dinheiro local e forâneo.

A mesma e dupla intolerância colidia com a aprovação popular às reformas de base de Jango, constatada então por pesquisas do Ibope sonegadas à opinião pública pelos veículos de comunicação (leia neste blog ‘Jango: mídia falsificou a autópsia política’).

Nos dois casos, a caça à corrupção se transformaria na única marreta disponível para a derrubada conservadora do governo.

Quis o destino que  49 anos depois do golpe de 64, quando a versão falsificada daquele período é desmentida pelo desagravo solene do Estado brasileiro a Jango, um novo ataque disfarçado  contra os mesmos objetivos se configure.

É pedagógico e inquietante.


As mesmas forças, os mesmos interesses, os mesmos veículos e o mesmo linguajar que levaram Vargas ao suicídio e violentaram a democracia em 64, agora se unem abertamente para golpear o esforço progressista de retomar a construção interrompida de um Brasil mais justo e soberano. AQUI

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