Por Luis Nassif
Ainda é um tabu, no país, discutir a atuação das Apaes
(Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Mas sua atuação política
ultrapassou os limites do razoável, tornando-se uma organização de duas caras.
O lado positivo é de estímulo à solidariedade dos pais, o
atendimento a deficientes. Mas ajuda a blindar o lado deletério: uma
politização absurda.
A campanha movida pela Federação das Apaes contra a educação
inclusiva é um dos capítulos mais vergonhosos da longa caminhada civilizatória
do país rumo à inclusão social.
***
Há cerca de trinta anos, um grupo de pais de crianças com
deficiência constatou que o melhor ambiente para seu desenvolvimento seria
junto a não deficientes.
Seguiram uma tendência mundial. Em 2006, a própria Convenção
dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU (Organização das Nações
Unidas), consagrou esse princípio.
Em depoimento histórico, pouco antes de morrer a própria
fundadora da Apae, dona Jô Clemente disse que, se fosse hoje em dia, seu filho
estaria em uma escola inclusiva. MAIS
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