Por Luis Nassif
O crítico tem razões que o próprio autor desconhece. Vale
para o leilão de Libra.
O que o leilao foi:
1. Foi uma operação financeira. Tinha-se pressa para começar
a exploração e a Petrobras não poderia arcar com mais endividamento para os
investimentos necessários.
2. Foi uma operação
fiscal, que permite ao governo melhorar as contas públicas este ano, à custa da
venda de uma fatia do maior campo de petroleo descoberto no país.
Foram essas as razões objetivas. O restante, é ilação sem
fundamento:
O que o leilão não foi:
1. Não empenhou a riqueza do subsolo para os estrangeiros. A
União mantém controle quase total sobre o destino da produção.
2. Não mudou a geopolítica do petróleo. A associação das
europeias e chinesas com a Petrobras foi puramente financeira. Não implica em
nenhum desenvolvimento conjunto de tecnologia. E é essencial que seja assim,
pois quem domina a tecnologia de águas profundas é apenas a Petrobras.
3. Não mudou a geopolítica nacional, para aproximaçao maior
com a China.
4. Não tornou o
Brasil colônia da China, conforme o inacreditável José Serra anunciou.
5. Também não assegurou o sucesso de outros leilões pelo
sistema de partilha. Libra era a cereja do bolo , com baixíssimo risco
prospectório e não houve competição. Serviu para calar a boca dos que diziam
ser o modelo inviável; mas nao garantiu a viabilidade dos próximos leilões.
6. Não foi privatização. A União mantém controle total sobre
a produção. No máximo pode ser encarado como um desconto de recebíveis - a
extração futura de petróleo. E a discussão é se foi barato ou se foi caro.
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