O secretário de Saúde Pública do Pará, Hélio Franco, afirmou
que a vinda de 63 médicos formados no exterior será “importantíssima” para o
estado. A declaração foi feita durante a chegada dos profissionais do programa
Mais Médicos, do governo federal, na Base Aérea de Belém, no último sábado.
“É uma ajuda importantíssima para a atenção básica no Pará”,
disse. “São médicos que vão ficar permanentemente no município, o que é
fundamental. E eles possuem experiência na atenção primária. O grande problema
nosso não é a média e a alta complexidade. Estas só vivem lotadas porque a
atenção primária não tem funcionado adequadamente.”
Questionado sobre os elogios feitos a um programa que é uma
das maiores bandeiras do governo federal petista, o secretário da gestão de
Simão Jatene, do PSDB, disse não ver problemas nas declarações. “Quem for sério
e estiver preocupado com saúde não pode envolver questões político-partidárias
nisso.”
Os médicos que chegaram a Belém, em sua maioria cubanos,
desembarcaram em um estado que ostenta alguns dos piores índices de
desenvolvimento humano do Brasil. No ranking do IDHM (Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal) de 2013, o Pará é o antepenúltimo colocado, à frente apenas
de Maranhão e Alagoas.
Em uma análise mais fina, percebe-se que a situação a ser enfrentada por esses médicos é ainda muito pior do que a vivida pelo paraense médio. Se um Estado fosse, a capital Belém teria o 6º melhor IDHM do Brasil, empatada com o Rio Grande do Sul. Ocorre que apenas 10% dos paraenses acumulam metade da renda de todo o Estado, enquanto a população de muitos municípios do interior convive com índices de desenvolvimento similares aos de países como Malawi e Sudão, na África.
...flores e bombons.
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