quarta-feira, 17 de outubro de 2012

SERRA DIZ QUE FICA ATÉ O FIM. SEM ASSINAR NADA


Em entrevista à rádio CBN, candidato tucano diz que não vê motivo para deixar a prefeitura de São Paulo antes do fim dos quatro anos de mandato, caso eleito, e se nega a assinar compromisso: "Estou falando, isto está sendo gravado, basta minha afirmação. A coisa do documento virou palhaçada", disse; desta vez, vale a palavra; falada


16 DE OUTUBRO DE 2012 ÀS 21:30


247 – Nesta eleição municipal, o candidato José Serra (PSDB) não se prestou a assinar um documento para assegurar que, caso eleito, cumprirá os quatro anos de mandato na Prefeitura de São Paulo. Desta vez, segundo ele, vale sua palavra. Falada. Duranteentrevista concedida à rádio CBN nesta terça-feira, o tucano desdenhou do clássico episódio da promessa assinada que não cumpriu em sua passagem pela prefeitura de São Paulo (2004-2006).
Ao responder pergunta do jornalista Gilberto Dimenstein, Serra disse que "a coisa do documento virou palhaçada". "Na época não tinha nada de mais, mas depois que a exploração foi feita...", disse o tucano, respondendo se tinha se arrependido da assinatura, que se tornou "a principal pauta do PT" e destacando, em contraposição, as realizações de seus "30 anos de vida pública continuada". Questionado sobre se via motivos para deixar a prefeitura mais uma vez, o candidato negou.
Segundo Serra, nesta eleição a opção 'governo do Estado' não está colocada, já que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve concorrer à reeleição. O jornalista insistiu na pergunta, questionando se Serra toparia assinar de novo um documento. "Estou falando, isto está sendo gravado, basta minha afirmação. É só passar a gravação se tiver alguma dúvida, é até mais que documento", respondeu o candidato, que comparou as situações das duas eleições.
"Em 2004, eu dizia que não ia deixar porque não ia deixar. Criou-se uma situação nova, que me levou... aliás, foi uma decisão correta", disse Serra, dizendo que não queria permitir que o PT chegasse ao governo do Estado para não ver repetida a "situação de quebradeira" que encontrou na prefeitura ao assumir após uma gestão petista, da hoje senadora Marta Suplicy.
Irritação
Durante a entrevista, Serra disse que não foi ele quem perdeu a confiança do eleitor, mas as pesquisas eleitorais. "Temos pesquisas próprias que não mostram essa diferença que se aponta", disse o tucano, em referência às últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha, que apontaram vantagem de pelo menos 10 pontos de Haddad.
O candidato tucano se irritou quando questionado pelo jornalista Kennedy Alencar se adotara posição conservadora diante do kit anti-homofobia (desenvolvido pelo Ministério da Educação e vetado pela presidente Dilma Rousseff) por ocasião da eleição ou se de fato acreditava no conteúdo das críticas que vem fazendo – o jornalista lembrou a comparação que se vem fazendo entre o kit do MEC e a cartilha distribuída durante seu governo em São Paulo, em 2009.
"Você leu a cartilha? Leu inteira? Kennedy, fala a verdade. Não leu inteira. Você está falado de uma cartilha que não leu. Leia e veja que as cartilhas são diferentes. Ou você não leu ou está mentindo", disse Serra, acrescentando: "Sei que você tem suas preferências políticas, mas você está na CBN". Serra explicou que a cartilha de São Paulo era mais ampla e defendia a tolerância, diferente do material mal preparado pelo MEC.



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