terça-feira, 16 de outubro de 2012

FRANCO COMETE FRAUDE DE 1,3 BILHÃO DE GUARANIS


"Foi um erro", diz presidente do Paraguai; quantia registrada de maneira fraudulenta em declaração oficial de bens equivale a US$ 645 mil; caso de patrimônio mal explicado pode causar reviravolta na situação política do país vizinho; Veja e PSDB foram os primeiros a apoiar substituição do ex Fernando Lugo e saudar honestidade de Federico Franco; e agora?

16 DE OUTUBRO DE 2012 ÀS 12:29


247 – Um aumento não explicado de US$ 645 mil no patrimônio pessoal do presidente Federico Franco, do Paraguai, seguido pela adulteração de um documento oficial, pode provocar uma reviravolta na situação política do país. Saudado como democrata e de honestidade a toda prova, inclusive por setores da mídia brasileira, como a revista Veja, e partidos políticos como o PSDB, Franco admitiu em conferência de imprensa que supervalorizou em documento público uma de suas propriedades no País. "Foi um erro meu, estou dando a cara", disse o presidente. Ele registrou sua propriedade em San Lorenzo por um valor maior que 1,3 bilhão de guaranis acima do preço real.
A revelação sobre o "erro" de Franco pode causar uma reviravolta política na situação do país. Alçado ao poder após o impeachment do presidente eleito Fernando Lugo, o novo presidente provocou, com sua posse, uma crise no âmbito Mercosul e Unasul. Até o momento, Brasil, Argentina e Paraguai não reconhecem o novo governo. O Paraguai também não foi reconhecido, ainda, como membro da Unasul. Internamente, apesar de o resultado da votação do impeachment ter se dado por larga margem na Câmara dos Deputados, na sociedade Franco enfrenta forte oposição, especialmente dos partidários de Lugo, cuja base de votos se situa nas camadas mais pobres e numerosas.
No Brasil, a revelação sobre o "erro" de Franco deixa na mão parte da mídia, em especial a revista Veja. A publicação da editora Abril foi a primeira a reconhecer a mudança de poder como legítima, abrindo suas páginas amarelas, de entrevistas, a Franco. Mais longe ainda foi o senador Alvaro Dias, do PSDB. Ele tornou-se um franquista de primeira hora, escalando-se como interlocutor preferencial entre a oposição brasileira e o novo governo. Como eles reagirão agora que se descobre que Franco não é o santo que se pintou?


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